Dicas para ententer crianças presas em casa

O COBERTOR DE JANE

O COBERTOR DE JANE de ARTHUR MILLER (sim, aquele que escreveu As Bruxas de Salem e A Morte do Caixeiro Viajante.) Editora COMPANHIA DAS LETRINHAS, ISBN: 9788574064628

Sinopse: 
Jane adorava o seu cobertor. Ele era cor-de-rosa, macio e
quentinho. Ainda bebê, ela ficava enrolada nele, bem quieta, mas, se alguém o levasse embora, armava o maior berreiro. Quando cresceu um pouco e passou a correr pela casa inteira, fazendo uma porção de coisas que antes não conseguia, Jane carregava seu cobertor para todo lugar. Os dois eram inseparáveis.
Mas Jane vai ficando cada vez maior, e seu cobertor, cada vez menor. Até que chega o momento em que ela precisa deixar seu cobertor de criança para trás se quiser ser uma mocinha.
Em seu único livro para crianças, Arthur Miller conta uma doce história sobre crescer e abandonar as coisas que amamos, com a qual toda criança e adulto podem se identificar.

O que o livro tem de especial:  

* É uma edição bilingue! 
A primeira metade do livro é com a versão traduzida e conta com as ilustrações delicadas e lindas da ELISABETH TEIXEIRA. A segunda metade vem com o texto  original em inglês, com as ilustrações expressivas e belas de AL PARKER! São dois livros em 1! Ótimo para ser trabalhado, na escola, em conjunto pelos professores de Literatura, Português, Inglês e Artes! Imagina que trabalho de lindo pode-se fazer unindo estas 4 áreas!!

Meu pai abriu o livro quando chegou e começou a ler o texto original para as minhas crianças. Elas começavam: -" Entendi Girl!!" -" Entendi pink e bed!" -"Entendi Mother!" e assim por diante. Um desafio, quantas palavras a criança consegue entender mesmo sem saber bem a outra língua? 

 Jane cresce e seu cobertor ficou pequeno.

 Jane fica tão grande que começa a frequentar a escola!



* As ilustrações! 
Ver como diferentes ilustradores trabalham o mesmo tema! EM arte não existe certo ou errado! Por isso é muito importante mostrar que pode-se trabalhar de diferentes maneiras e todas são criativas e boas. Agora, se é bonito ou feio, é questão de gosto, cada um tem sua própria opinião!
Tentar "ler o texto" só com as imagens. A criança consegue? A ilustração dá suporte para isso?

* O tema! 
Nas várias escola que meus filhos estudaram sempre começaram o ano fazendo uma linha do tempo. Esse livro se encaixa perfeitamente pra esse fim. Mostrar como a criança, que ainda é pequena, já tem um passado, já está ficando grande, está crescendo todos os dias. Ele mostra como Jane vais conseguindo fazer coisas que não fazia antes, como comer sozinha, subir no colo do pai, escovar os dentes na pia, sem precisar de banquinho, andar de bicicleta, ir ao mercado da esquina pra mãe, entre outras coisas. 
Toda criança tem um objeto que adora ou adorava quando bebê, e quando cresceu teve que abandoná-lo por um motivo ou outro! Por exemplo: Bico, paninho, cobertor, fraldinha, cheirinho, chocalho... E como isso muitas vezes se faz naturalmente. A criança cresce e passa a não precisar mais desses objetos de segurança (Transicional - "O objeto transicional representa a primeira posse “não-ego” da criança, têm um caráter de intermediação entre o seu mundo interno e externo." Winnicott )

E aí que entra nossa atividade de hoje!
Imediatamente a Cecília lembrou-se de SUA coberta ROSA!! 


 E foi buscá-la, de dentro do armário! Também fazia meses que não usava (como Jane na história!).
Depois fomos aos álbuns de fotografia, para ver quando ela tinha ganho o cobertor!
 Com 4 dias de vida, já usava! Ganhou quando nasceu da dinda Carina!
 Com dois anos ele continuava junto!
 Olha ele lá!

 Quando fizemos as camas de papelão , ela tinha 4 anos, ele também estava lá!
Vimos que o cobertor rosa realmente acompanhou-a todos esses anos! Fizemos um tipo de flashback! Heheheh

E depois, como sou da área de artes, não poderia ser diferente, fomos colocar a mão na massa!
(clica na  imagem que aumenta)
 Escolhemos uma das fotos pra trabalhar, a que ela está sentada na cama com o cobertor na cabeça. Eu fiz um esboço a lápis, bem fraquinho, pra gente trabalhar de um jeito mais realista como o AL PARKER.  Mas se não quiser desenhar, pode-se fazer uma cópia ampliada de uma foto (retrato da criança ou até de uma paisagem), em preto e branco, que seja bem fraquinha.
Fiz o desenho da coberta também em outro papel.  Pra servir de molde pro ROSA do cobertor como na ilustração do livro.
 Recortamos e usamos como molde 
para traçar num papelão grosso.
Ficou assim. 
Recortamos novamente. Agora sim, temos o molde final!
Usamos tinta acrílica rosa pra cobrir toda superfície do cobertor-molde.
Assim.
Agora, colocar devagarinho, no primeiro desenho, como um carimbo!
E não eu certo! :( Acontece! O papelão chupou a tinta! Vou usar uma radiografia como molde da próxima vez!
Então o jeito foi pintar o rosa com pincel, mesmo! Deixamos secar bem.
Depois fui procurar minha pena, que não usava há 20 ANOS! Nossa o tempo voa!!!
Como ela era velhinha,
a haste quebrou bem no início da brincadeira! Pena (literalmente!!Hehehe)! Mas usamos mesmo assim!
Achei um vidro de nanquim preto também! Suuuper velho!
É um exercício de paciência, motricidade fina, atenção. Você precisa segurar a pena num ângulo de 45 graus, não pode apertar se não quebra a ponta e não sai tinta, só arranha o papel. A mão precisa ser leve e ágil para a tinta fluir e precisa ter cuidado para não passr a mão em cima do que já se fez para não borrar!
Agora, se você não tem uma pena de metal, pode usar uma pena de fantasia ou de passarinho mesmo (mas POR FAVOR!!! não vá arrancar, pega no chão! Eu seguido junto nas praças, desinfeto e guardo), que funciona. A linha fica mais grossa, mas dá pra trabalhar igual!
 A Cecília até preferiu a pena de passarinho! O traço é mais grosso.
 Ficou horas fazendo. Fiquei impressionada com a paciência, não quis parar pra descansar, até terminar. Óbvio que a mão estava cansada, por isso as linhas ficaram mais tortinhas, mas não parou!
Assobiando e trabalhando! Para os detalhes do rosto a pena de metal, o traço sai fino.
 Foi até de noite! Eu AMEI o resultado!
Toda orgulhosa!

Enquanto a gente esperava a parte rosa do desenho (realista) secar, fomos trabalhar como a ELISABETH TEIXEIRA! Mais livre e com aquarela! 
 
Primeiro um desenho livre a mão.  Cecília bebê e sua coberta rosa!
Depois aquarelar!
 Como quiser, não precisa ser com as cores "reais". 
 Por último com uma caneta de ponta bem fininha, 
fazer o contorno dos desenhos!
  Agora só autografar! :)

4 comentários:

  1. Amei o trabalho da sua pequena artista! Lindo demais.
    Fiquei curiosa para ler o livro, vou atrás para a Clarinha.
    Hoje também tem dica de livro lá no blog, passa lá.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Pôxa vida!!! Que Cecilia danada!!! Um beijão para ela!!!
    Elisabeth Teixeira

    ResponderExcluir
  3. Ver as criancas fazendo atividade de arte e feliz, nao tem preco.
    Adorei o livro, como pode ajudar as criancas nas diferentes (e muitas vezes)dificeis fases da vida.
    Parabens!
    Gra

    ResponderExcluir
  4. Caramba! Tu fazes até cama de papelão! E em tamanho real! Preciso mostrar isso pro meu marido, ele adora fazer brinquedos de papelão.
    Hoje mesmo postei as fotos da casa de boneca que ele fez, lá no blog.

    Mas essas camas estão insuperáveis!

    ResponderExcluir

Oi. Bom te ver por aqui! Responderemos o mais breve possível. :)