
O QUADRO.
Helm Buckley
Uma vez um menininho foi pintar um quadro.
Botou o papel no cavalete, E olhou todos os potes de tinta
Na sua frente.
“O que vocĂȘ vai pintar?” – perguntou a professora.
“ O cĂ©u” – disse o menininho.
- “Eu vou pintar o cĂ©u”.
“Ătimo!” – disse a professora,
“VocĂȘ tem bastante tinta azul?”
“Sim”. – disse o menino.
E ele pegou o pincel azul
E fez uma larga faixa na parte superior do papel.
“AĂ” – disse ele, “AĂ estĂĄ o cĂ©u azul”,
E ele procurou a professora
Mas ela tinha ido.
EntĂŁo o menininho olhou para fora da janela
Para ver se o céu parecia real.
E ele parecia.
Mas era o céu sempre azul?
O menino largou o pincel azul
E pensou sobre o céu.
“Ăs vezes” - penou ele – “antes da noite,
O cĂ©u Ă© cor-de-rosa, e um pouco vermelho”.
EntĂŁo ele pegou o pincel rosa e depois o vermelho
E logo houve um pĂŽr do sol no seu papel.
E entĂŁo o menininho recordou o inverno
E como ficava o cĂ©u quando a neve caĂa,
EntĂŁo ele pegou o pincel branco
E fez macios flocos de neve por tudo.
O céu azul, rosa e vermelho
E alguns flocos se misturaram
Para fazer mais cores, e o menininho sentiu-se feliz
Como ele sempre se sentia quando caĂa neve
No inverno.
E quando ele jĂĄ ia largar o pincel
E terminar, ele recordou um dia de verĂŁo
Quando o eu ficou escuro.
E ele recordou que tinha se assustado,
E corrido para contar Ă sua mĂŁe.
Assim, agora ele pegou o pincel negro
E pintou grandes nuvens de tempestade
Com raios vermelho e laranja
Relampejando entre elas.
“TambĂ©m estĂĄ trovejando” – murmurou o menino para si mesmo.
“BUM! BUM! BUM! E o vento estĂĄ soprando”,
E ele fez a chuva cair – chuva forte –
Em longas linhas verdes através do céu,
E todas as cores correram juntas em arco-Ăris
Para o pé do papel.
“Agora vou fazer o sol brilhar”,
Disse o menininho para si mesmo,
E ele fez um sol grande e redondo no meio do papel.
Mas o quadro estava tĂŁo molhado
E nele havia tantas cores
Que o sol amarelo ficou marrom no céu.
Mas o menininho nĂŁo se importou –
Seu quadro estava terminado
E tinha ficado bem como ele queria.
E ele procurou a professora
E logo ali estava ela
Parada ao lado do cavalete e olhando todas as cores:
Todo azul e o rosa e o vermelho;
Todo o branco e o preto;
Todo o laranja e o verde;
E o amarelo que tinha ficado marrom.
A professora olhou para todas as cores molhadas e gotejantes
Que tinham corrido juntas
Na neve, no vento e na chuva
Do quadro do menininho.
E ela disse: “Meu Deus!”
“Eu pensei que vocĂȘ ia fazer o cĂ©u!”
“Eu fiz!” – disse o menininho
“Eu fiz todos os cĂ©us que eu conheço!”
E ele tirou a pintura do cavalete
E cuidadosamente a pĂŽs para secar.
Amei, amei, amei! Toda sala de pré-escola devia ter uma cópia desse texto no mural!
ResponderExcluirbeijos pra ti.
Adorei! Adoro o desenhos e as pinturas das crianças justamente porque as cores sĂŁo diferentes da realidade. As vezes quando vou colorir com a minha filha, fico com a maior vontade de ser criança para pintar a ĂĄrvore de rosa o cĂ©u de verde, etc... Me impressiono como Ă© difĂcil abstrair desse senso de realidade! Adoro isso nos desenhos das criaças, total sentimento.
ResponderExcluirbeijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/
Oi Gi!!!
ResponderExcluirPois Ă©, somos quase vizinhas :)
Eu tb ADORO a Miragem!! Seguido vamos passear por lĂĄ, jĂĄ que a biblioteca municipal daqui Ă© uma vergonha!
Lindo post! Ameeei!
Enquanto lia fiquei imaginando o lindo desenho que nĂŁo deve ter se formado naquela tela do menininho...
Bjokas e uma Ăłtima quinta-feira pra vc ;)
Me aconteceu algo parecido... Um prof de Fisica perguntou para May por que o céu era azul (?)
ResponderExcluirEla olhou bem para ele e disse que nem sempre era azul... poderia ser avermelhado, cinza; a noite era preto e ... ....
Enfim... Ele desistiu de saber a resposta... e ficou extremamente pensativo!
lindo,lindo..me emocionei sabia??
ResponderExcluirbjs,lindo texto...de verdade..
à bem assim mesmo as crianças! Adorei o texto! Beijos
ResponderExcluir