Dicas para ententer crianças presas em casa

PODERIA da Joana Raspall e Ignasi Blanch, da Brinque-book

Então, você sabe o que é empatia? A resposta que virou clichê é "se colocar no lugar do outro" (é a nova palavra do tipo globalização - que todo mundo fala, mas na real, já perdeu o sentido)

Maaaas pra muitos, este OUTRO é tããão distante, como se, ao falar OUTRO, imediatamente afastasse uma pessoa para dois metros, no mínimo, de distância. Outro como vara, como medida de distância e separação. Falo isso por que outro dia no grupo de whatsaap de uma das kids, uma mãe mandou o print de uma reportagem sobre covid-19 e ela, a mãe, afirmava que os outros só morriam por que tinham alguma doença, então não havia tanta necessidade de fechar comércio e ficar em casa preso, blá blá blá... 

Como dizem aqui no sul: montei num porco! 

E falei: "A questão é: quem está perfeitamente bem de saúde? Quem da imensa maioria do povo brasileiro faz checkups regulares pra saber se tem alguma doença?

 Na minha família, pela lógica de só os que estão em risco, são os que tem algum problema, eu morro, meu marido morre, minha irmã morre, meus pais e sogros morrem, minha cunhada morre, basicamente todos meus tios e tias. Alguns primos, também. Ninguém escolha ter câncer, ter asma, bronquite, ter hipertensão, diabetes ou nascer com problema do coração. Na minha família só meus filhos sobrevivem. Não são os outros... E estes outros doentes têm nome e são a família de alguém." Pronto. Silêncio no grupo por 24 horas. 

Agora vai começar o post.

Poderia é um verbo no futuro do pretérito. Será que é uma possibilidade, uma chance ou é uma afirmação de que não é, não tem mais jeito, ou quem sabe, um dia, isso possa mudar? 

Amei o livro PODERIA da Joana Raspall e Ignasi Blanch, da Brinque-book.

É um livro que joga o leitor, no lugar do outro, ou melhor, um jogo para se imaginar sendo criado em outro lugar, com uma cor de pele diferente, com roupas diferentes, com costumes diferentes, falando uma língua diferente, brincando com coisas diferentes... E como é importante estar de braços abertos para acolher o outro. Ou seja, um verdadeiro exercício de se colocar no lugar do outro. Mas aqui o OUTRO aproxima, o OUTRO como próximo.

Já parou pra pensar que o outro pode ser o próximo a morrer e que isto só dependa de você?

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